A alergia à proteína do leite de vaca (APLV) é uma condição que afeta muitas pessoas no mundo todo, principalmente bebês e crianças pequenas. Trata-se de uma reação adversa do sistema imunológico às proteínas presentes no leite de vaca, desencadeando uma série de sintomas desconfortáveis e, em alguns casos, graves.
Mas será que existe cura para a APLV? Neste artigo, abordamos os tratamentos disponíveis e a possibilidade de cura para essa alergia tão comum. Continue lendo o artigo para entender.
APLV em bebês
A APLV é bastante comum em bebês, sendo uma das alergias alimentares mais frequentes nessa fase. O tratamento primário consiste em evitar o consumo de leite de vaca e seus derivados. Mas em casos mais graves, pode ser necessário excluir também alimentos que contenham traços de leite ou proteínas do leite, o que exige uma atenção especial à alimentação do bebê.
Contudo a boa notícia é que, na grande maioria dos casos, a APLV desaparece com o passar do tempo. Estudos sugerem que cerca de 80% dos bebês diagnosticados com APLV alcançam a cura até os 3 anos de idade.
A cura se dá de forma natural na maioria dos casos, mas a introdução gradual de alimentos sólidos, conforme a orientação do médico, pode auxiliar no desenvolvimento da tolerância às proteínas do leite de vaca.
APLV na vida adulta
Embora seja mais comum em bebês e crianças, a APLV também pode persistir ou surgir na vida adulta. Alguns indivíduos que tiveram a alergia na infância podem apresentar uma recidiva dos sintomas anos mais tarde.
Além disso, também há casos de pessoas que nunca tiveram APLV durante a infância, mas desenvolvem sensibilidade ao leite de vaca na idade adulta.
Tratamento da APLV
O tratamento da APLV baseia-se principalmente na exclusão dos alimentos que contêm proteínas do leite de vaca da dieta. É essencial ler atentamente os rótulos dos produtos alimentares, uma vez que o leite de vaca e seus derivados podem estar presentes de forma oculta em diversos alimentos industrializados.
Existem também substitutos do leite de vaca disponíveis no mercado, como leites vegetais e fórmulas à base de soja, arroz, amêndoa e outras fontes não lácteas. Essas opções podem fornecer os nutrientes necessários e garantir uma dieta equilibrada, mas é importante procurar orientação médica e nutricional para a escolha adequada desses alimentos.
Veja o artigo completo: Tratamento da APLV
Qual médico procurar para investigar e tratar APLV?
Se houver suspeita de APLV, é fundamental procurar um médico especialista, como um alergologista ou um gastroenterologista, para investigação e diagnóstico preciso. Esses profissionais possuem o conhecimento necessário para identificar os sintomas da APLV e indicar os testes adequados, como testes cutâneos e exames de sangue específicos.
No caso de bebês pequenos, lembre-se sempre de informar ao Pediatra nas consultas de rotina sobre qualquer sintoma ou suspeita de alergias. Além das primeiras orientações para tratar o caso, o Pediatra certamente irá encaminhar à família a um especialista.
Afinal, APLV tem cura?
A cura da APLV é um tema que desperta bastante interesse naqueles que são afetados por essa alergia. Embora muitos casos de APLV na infância se resolvam com o tempo, a questão da cura definitiva ainda é debatida entre os especialistas.
Atualmente, pesquisas estão em andamento para desenvolver tratamentos específicos que possam promover a tolerância às proteínas do leite de vaca e, eventualmente, levar à cura da APLV. Dentre as abordagens estudadas, destacam-se a imunoterapia oral e a imunomodulação, que visam dessensibilizar o sistema imunológico e permitir a reintrodução gradual do leite de vaca na dieta.
No entanto, é importante ressaltar que essas terapias ainda estão em fase experimental e não são amplamente utilizadas na prática clínica. Portanto, no momento atual, a principal forma de tratamento é evitar o consumo de alimentos que contenham proteínas do leite de vaca.
Conclusão
A APLV é uma alergia comum que afeta muitas pessoas, especialmente bebês. Embora a maioria das crianças supere essa alergia até os 3 anos de idade, alguns indivíduos podem continuar apresentando sensibilidade ao leite de vaca na vida adulta.
Atualmente, não existe um tratamento que garanta a cura definitiva da APLV. No entanto, pesquisas estão em andamento para desenvolver terapias que possam promover a tolerância às proteínas do leite de vaca e, potencialmente, levar à cura. Enquanto isso, o tratamento baseia-se na exclusão dos alimentos que contêm essas proteínas da dieta e também no acompanhamento médico adequado.
Ao suspeitar de APLV, é fundamental consultar um médico especializado para investigar e tratar a APLV, como um alergologista ou gastroenterologista. Esses profissionais podem orientar sobre a dieta adequada, prescrever substitutos do leite de vaca e acompanhar o desenvolvimento da criança ou do adulto com APLV.
Referências
Sociedade Brasileira de Pediatria. Alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Disponível em: https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/doencas/alergia-ao-leite-de-vaca/.
Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Guia prático de orientação alimentar para pacientes com alergia à proteína do leite de vaca. Disponível em: http://aaai-asbai.org.br/imageBank/pdf/v35n6a03.pdf.
National Institute of Allergy and Infectious Diseases. Guidelines for the diagnosis and management of food allergy in the United States. Disponível em: https://www.niaid.nih.gov/sites/default/files/faguidelinespatient.pdf.