A sigla APLV significa Alergia à Proteína do Leite de Vaca. Essa é a alergia mais comum na infância, tendo prevalência de 2,5% em crianças e 0,3% em adultos. Segundo estudos publicados pela Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 50% das crianças com alergia à proteína do leite de vaca desenvolvem tolerância com um ano de idade; cerca de 75% até os três anos e 90% até completar seis anos.
Basicamente a APLV provoca reações como diarreia, cólicas, vômito, urticária, intestino preso, entre outros sintomas. O consumo de leite de vaca, de derivados do leite ou mesmo de receitas contendo leite (como bolos e pães) desencadeia nos alérgicos algumas dessas reações.
Diagnóstico de APLV
O diagnóstico pode não ser fácil, e deve ser feito por um Médico Gastroenterologista juntamente com o Alergista, para uma visão completa do estado clínico do paciente.
Existem exames que podem ser solicitados pelo médico, mas o diagnóstico final é clínico. Pois não existe um exame específico que dê um resultado preciso. Alguns testes alimentares e história do paciente devem ser levados em conta.
A forma mais usual de verificar se a pessoa tem mesmo APLV é retirando todo leite e derivados da dieta durante 7 a 14 dias. Então após isso ingerir aos poucos, pequenas quantidades de leite e ir observando se surgem sintomas.
Um diário alimentar, onde o paciente anote por algum tempo todos os alimentos que come pode ajudar bastante o médico a analisar o caso.
Amamentação de bebês com APLV
Quando a APLV se manifesta em bebês amamentados no peito, a amamentação deve ser mantida devido a todos os seus benefícios à criança. Contudo, a mãe é que deve seguir uma dieta excluindo leite e derivados.
Conforme a informação do início do artigo, existe uma grande chance do bebê curar-se espontaneamente da alergia até completar 6 anos. Para isso é necessário acompanhamento com médico especialista regularmente, a fim de ir realizando pequenos testes de tolerância ao longo da vida da criança.
Conviver com APLV
Nos casos em que a alergia for persistente (muitas vezes por toda a vida) é preciso seguir uma dieta livre de leite de vaca e seus derivados. A adaptação muitas vezes pode ser difícil, pois será preciso ler os rótulos antes de consumir qualquer alimento, cozinhar mais em casa e manter uma alimentação saudável.
Porém, com o tempo, a dieta e as exclusões vão se tornando naturais e a pessoa alérgica se habitua aos cuidados que deve tomar.
Aqui mesmo no blog Receitas APLV temos muitas receitas adaptadas especialmente para quem não pode consumir leite e derivados. É possível comer muitas delícias mesmo sem adicionar leite nas receitas.
Frutas, legumes, verduras, leguminosas e outros alimentos de fonte natural serão seus maiores aliados. Só é preciso descobrir os novos sabores e adaptar boas receitas. Felizmente muitas marcas de produtos veganos também estão cada vez mais especialistas em criar alimentos práticos, saudáveis e livres de leite.
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Referências
Revista Médica de Minas Gerais – Alergia à proteína do leite de vaca
Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 – Parte 2 – Diagnóstico, tratamento e prevenção. Documento conjunto elaborado pela Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
Imagem: bublikhaus por Freepik